segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cartas de Guerra: o soldado aliado

Sábado, 27 de março de 1943

Querida Charlotte,

Oi amor, tudo bem? Espero que sim. Parece que faz uma eternidade que estou longe de você, da nossa casa, da nossa vida. Hoje completa cinco meses que fui mandado para os campos de batalha ao norte da Alemanha. Espero que esses malditos parem de resistir aos nossos reides aéreos, aos nossos ataques surpresas, para o bem de todos.
Alguns dos soldados mais novos estão ficando em choque e querendo desistir de tudo e de todos, mas muitas vezes, o espírito do combatente aguerrido fala mais alto e eles se embrenham na mata virgem para realizar alguma emboscada às ordens de seus superiores.
Ver a guerra através de poucas fotos que conseguem enviar a imprensa e as notícias pelo rádio, geralmente a BBC, não dá a dimensão exata de pisar em solo inimigo regado a sangue de pessoas que você não faz a mínima idéia de quem são. Provavelmente um miserável qualquer ou um pai de família.
Corpos, destroços de residências, pedaços de equipamento militar aos montes em cada esquina que atravessamos, e em cada beco que entramos as pressas para fugir de uma mira precisa de um soldado inimigo.
Estou cansado de tudo isso; a comida, ou melhor, a ração é mísera. Sopa rala com alguns pedaços de batata e pão preto. E de vez em quando comemos umas frutas de uma árvore qualquer em um quintal destruído pelas bombas. É o que comemos basicamente.
À noite quando os tiroteios e os reides cessam, os homens tentam amenizar a tensão que paira no ar escutando rádio e jogando poker. E o mais engraçado é que eles ainda apostam. Dá pra acreditar? Isso é bom pelo simples motivo de que assim eles conseguem preservar a parte humana de seus corações.
Espero que eu não venha a encontrar um tiro, e nem ter a infelicidade de pisar em uma mina escondida na terra calcária e barrenta, pois o meu maior desejo, o que sonho todas as noites, é ver Sophia crescer, ver seus primeiros passos, ouvir as suas primeiras palavras (que eu espero que seja Papai), e também beijar longamente o meu amor a luz do luar, tendo o céu estrelado do verão como plano de fundo.
Charlotte, peça a Deus que essa guerra acabe, para que possamos nos reencontrar novamente e para que soldados e civis, crianças e velhos, mulheres e homens, judeus e cristãos, possam se vir livre pra poder viver a própria vida. Te amo.

Com amor,
Ryan.

Coletânea "Cartas de Guerra - os vários lados de um conflito"

Olá caríssimos leitores, sejam bem vindos ao Mundo de Pedriiinho.

Hoje, darei início a uma série de postagens denominada "Cartas de Guerra - os vários lados de um conflito". Serão quatro postagens que mostram um pouco de como foi o período da 2ª Guerra Mundial. Cada uma dessas cartas tentam retratar os vários lados envolvidos na guerra.
Essas cartas são FICTÍCIASNÃO exprimem a real opinião do autor com relação aos diversos motivos que levaram ao início da 2ª Guerra Mundial. Ok.

Boa leitura!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quando sofremos, onde está o amor?

Existe uma relação verdadeira entre amor e sofrimento? Alguns dizem que amar é a mesma coisa que sofrer, mas no decorrer do nosso dia, percebemos que o sofrimento nos afasta de todo e qualquer sentimento bom, de sentimentos que nos cativam, sentimentos co-existentes no amor.
Quando se fala nesse assunto, no sofrimento, a primeira coisa que nos vem à cabeça é a dor, frustrações, coisas que tiram o prazer da vida, que nos trás pensamentos de ódio, raiva e nos faz perguntar o porquê de tudo isso estar acontecendo justamente consigo e naquele momento da vida. Assim, somos forçados quase que automaticamente a pensar que o sofrimento e o amor não têm ligação alguma. Mas, pensamos assim por que sentimos uma dor, muitas vezes intensa, em nossos corações, que isso nos faz ficar cegos de todo o sentimento bom que ainda resta em nossa alma.



“Não há amor sem sofrimento, sem o sofrimento da renúncia a si mesmo, da transformação e purificação do eu para a verdadeira liberdade. Onde não houver algo pelo qual valha à pena sofrer, também a própria vida perde o seu valor”.

(Papa Bento XVI)



Com essas palavras, podemos concluir que o sofrimento tem uma conotação positiva, um aspecto carregado de amor, pois quando o identificamos somos capazes de amar as pessoas mesmo sabendo que em determinado momento, ela pode nos trazer o desafio de encarar o sofrimento. Isso faz com que nos sintamos realmente humanos.
Mas, esse entendimento dessa reflexão, não é um sofrer passivo, mas ativo, pois não ficamos parados em nosso dia a dia esperando que ele venha e nos pegue no colo e derrame todo o seu pesar sobre nós, mas é o contrário. A partir do momento em que avistamos um objetivo e corremos em direção a ele, movimentados pelo amor, nós nos deixamos purificar através dele. Lembre-se: todos nós sofremos!
Depende de nós encararmos ele de frente, termos coragem, pois isso faz parte de um aprendizado da vida, um degrau que deve ser subido para podermos encontrar a felicidade.
Pergunto a você: Deparando-se com a sua realidade hoje, pelo que vale a pena sofrer? Pelo que vale a pena encarar a dor, na esperançosa certeza de que por causa do amor vale à pena passar por isso?
Na certeza de que o Amor nunca decepciona e que ele é o grande sentido para as nossas vidas e nossas vocações, assumamos as conseqüências de amar, sabendo que, quando o sofrimento chegar, temos a oportunidade de responder de maneira positiva, usando dele (sofrimento) para sermos melhores e ajudarmos os outros a também serem, a encarar a vida com um novo olhar.


sábado, 20 de novembro de 2010

O Senhor é o meu Pastor...




O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes,
restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. 
Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.
Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça.
A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias.

(Salmo 23)






segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Voltas de uma vida

Bem que nós poderíamos decidir o nosso futuro em um simples piscar de olhos. Mas, quem disse que nós não podemos! Parece um sonho, mas não é. Parece real, mas também não é. E o que é então? Não sei te dizer, apenas, é como é. É como gostaríamos de fazer as coisas se tivéssemos o controle de nossa vida.
Pensando melhor, que graça teria se soubéssemos o que aconteceria no nosso futuro, se soubéssemos descrever cada passo de uma vida que ainda não aconteceu. Se pudéssemos respirar o ar que ainda não acariciou os nossos rostos e não fez balançar os galhos das mais altas árvores. Se pudéssemos sentir sentimentos que nunca sentimos e contar as horas de um relógio que ainda não deu muitas voltas. Se pudéssemos ver as pegadas da areia se desfazer sem ao menos terem sido feitas. Se pudéssemos, e etc.
Mas, temos um mecanismo muito eficaz e que pode nos levar a qualquer lugar do mundo, da galáxia, do universo. Um mecanismo que ultrapassa as fronteiras, que nos fazer tocar o céu e ao mesmo tempo a terra. Que não vê cor, raça, religião, sexo, etnia, enfim, não há descrição. A mais alta tecnologia já inventada, mas, não é feita de supercomputadores e tecnologia ultra-avançada. Do que se trata será? Simples, o pensamento, a imaginação.

Tal cara (que depois vocês irão saber, ou não) fez uma prova, difícil, mas tinha um sonho: se formar na faculdade como engenheiro ambiental.
Ele odiava números, mas gostava dessa coisa de natureza. Passou! Pulou de alegria ao saber que o seu sonho seria, com muito esforço, realizado.
Foi lá, se matriculou.
Quatro anos depois... Formou-se, mas não parou por ai e continuou a estudar seguindo essa mesma área de sua formação. Arrumou um emprego.
Foi engajado em várias causas ambientais e começou a ganhar um destaque no cenário “politicamente correto” do meio ambiente, devido as suas idéias e pensamentos que no futuro, quem sabe, poderia salvar o planeta Terra.
Começou a ter seus textos publicados nas mais conceituadas revistas especializadas em ciência e tecnologia no Brasil e principalmente fora dele.
Na adolescência tinha um sonho, viajar o mundo inteiro, ser um “desbravador” do velho e do novo continente. E lá foi ele rumo a Lisboa. (Parte de um próximo capítulo, por isso não me alongarei nessa parte).
Um ano de vigem pela Europa. Trouxe na bagagem mais que suvenires dos países que visitou como Portugal, França, Espanha, Alemanha, Itália, Israel, Suécia, Finlândia, Inglaterra, entre outros, mas trouxe alem de tudo, muito conhecimento. Um bem precioso que muitos desprezam, mas que são de uma importância formidável.  
Em casa, no Brasil, recebeu um convite inimaginável e digamos surpreendente. Foi convidado pra trabalhar em um projeto com pessoas de altíssimo escalão nos Estados Unidos. Não pensou duas vezes, e novamente partiu com a sua mochila e suas esperanças de um mundo melhor em seu coração.
De um mero convidado estrangeiro, passou a ser coordenador desse projeto. Passou a lidar com uma responsabilidade que jamais tivera imaginado. Teve momentos difíceis, momentos que pensou em jogar tudo pro ar. Agüentou.
Dez anos depois de dar o pontapé inicial na carreira fora do Brasil, começou a ser sondado por diversas universidades do mundo e empresas. Com a colaboração de todos da sua equipe, mostrou ao mundo do que se tratava esse projeto. Perante os representantes de diversos países, fez um discurso na ONU em Nova York que rendeu muitos aplausos, lágrimas, em um prêmio Nobel do Paz.
Casou-se. Teve dois filhos, Sofia e Pietro. E continuou morando em sua residência em Nova York, até que enfim se mudou novamente pro Brasil.
Um dia, sentou em frente a uma foto de quando era apenas um garoto de 19 anos em Curitiba. Fechou os olhos por um momento, e quando voltou a abri-los percebeu que voltara a sua cidade natal e que era apenas um garoto de 19 anos em Curitiba, mas não um garoto qualquer, um sonhador, ou melhor, um realizador.



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sim, uma mulher pode!

Mesmo tendo uma submissão imposta pela grande maioria, seja ela através da “tradição” ou da pura incompreensão e banalidade, a mulher sempre foi chave, sempre teve um papel importante na história e no rumo do mundo.
Revoluções, lutas e quebra de preconceito; séculos e mais séculos se passaram e enfim o dito “sexo frágil” mostrou ao mundo que de frágil, elas não tem nada.
Agora vivemos uma nova era no Brasil. Enfim, uma mulher será presidente dessa nação grandiosa. Não estou aqui dizendo que sou a favor ou contra partido político X ou Y, ou que sou de partido A ou B. Apenas demonstro o que as pessoas disseram, democraticamente, nas urnas do dia 31 de outubro de 2010. Uma mulher no governo.
Muito tempo depois, o Brasil entra em uma era em que as coisas são iguais para todos. Já vimos isso aqui mesmo na América Latina com governantes do sexo feminino, no Chile e atualmente com os nossos vizinhos “hermanos” e “hermanas”. Sim, uma mulher pode. Coração de aço e de flor.
Sem hipocrisia, senhora Dilma Roussef, desejo-lhe todo sorte do mundo, pra que você possa realmente continuar a fazer o Brasil crescer, dando melhores condições a toda a população brasileira, a todos aqueles que votaram ou não ao seu favor.





Cem homens podem formar um acampamento, mas é preciso uma mulher para se fazer um lar. (Provérbio chinês)