sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo! Feliz Vida Nova!


Hoje, 31/12/2010, é um dia em que todos nós deveríamos parar um pouco em meio a toda essa agitação para a celebração do Ano Novo, e até mesmo a tradicional correria do nosso dia a dia, para podermos refletir sobre o que se passou em nossa vida nesse ano de 2010.
Quais foram os seus erros? Quais foram os seus acertos? Em que tenho que melhorar para que o mundo também melhore? Calma, calma, você não conseguirá as respostas de uma hora para outra, o tempo vai se encarregar de dá-las a você, não se preocupe.
Ano novo. Vida nova. Uma bela oportunidade de termos também um coração novo. Quando esse novo ciclo se inicia, todos nós somos convidados a renovar algo em nós. Quem sabe nesse novo ano que nasce, tenhamos um novo coração.
O coração é uma metáfora em que acumulamos nossos sentimentos; nossas tristezas e alegrias, o amor e o ódio, as conquistas e as decepções. Mas, nós temos que renová-lo sempre, pois um coração velho fica amargo e desiste de amar o próximo, se torna cético com a humanidade, e acabam descontando todas as suas decepções nas pessoas que estão mais próximas da gente, das pessoas que num passado recente amávamos irremediavelmente.
Tornamo-nos um verdadeiro “manezão”, só sabemos reclamar, só vemos os erros dos outros, só olhamos pro nosso umbigo, e sempre optamos pelo fechamento da afetividade. Pensamos em como seria bom se eles mudassem, se eles melhorassem.
Mas o correto é pensar em que eu tenho que mudar? Precisamos abrir nosso coração para o aprendizado mútuo, para o perdão, falar e saber ouvir, para as lições que a vida nos dá diariamente e lembrarmos que ninguém é perfeito. Eu tenho que mudar, e fazer o outro mais feliz. Não fique esperando que o outro mude, mude você! Dê o primeiro passo.
Nunca desanime se o que você for fazer der errado, pois a vida sempre nos trará novas oportunidades. Não se esqueça de viver, pois só temos uma aqui na terra.
Nesse novo ano, distribua sorrisos, abraços, amor verdadeiro, perdoe mesmo que seja impossível perdoar, chore, ria, cante, leia, dance, se divirta, tenha responsabilidade, trabalhe, beije, apaixone-se, mude de penteado, pare de beber, pare de fumar, seja caridoso, ame o próximo, se ame, viaje, estude, descubra coisas, reze, faça alguém feliz, plante uma árvore, faça exercícios, tenha fé mesmo que o mundo diga o contrário, enfim, faça de 2011 um ano melhor.
E é esse o convite para o novo ano. A consciência de que a sua família será melhor se você for melhor. Que o seu trabalho será melhor se você for melhor. Que o mundo e esse grande coração que pulsa, será renovado se o seu coração for renovado.

FELIZ ANO NOVO. FELIZ 2011
DEUS LHE ABENÇOE!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cartas de Guerra: a pequena refugiada

Utrecht, 5 de junho de 1944.
Querido Papai,
Oi Papai, estou morrendo de saudades. Mamãe está aqui mandando um enorme beijo em seu coração. Faz tanto tempo que não o vejo. O meu holandês ainda não está muito bom, e é por isso que mamãe está me ajudando a escrever essa cartinha.
Daqui a duas semanas é o meu aniversário de oito aninhos e rezo todas as noites para que o meu presente se concretize: que Papai volte para a sua casa e pra eu, a sua princesa.
A Holanda até que é legal. Estamos abrigados em uma casinha perto de um lindo bosque. Sempre quando acordo cedo fico ouvindo os pássaros cantarem em uma melodia afinadíssima. Infelizmente não posso sair muito daqui, pois mamãe diz que os soldados podem me levar embora.
Antes de vim para cá, me deparei com várias outras crianças da minha idade perambulando pelas ruas pedindo esmola e um pedaço de pão. Perguntei a mamãe porque aquelas crianças estavam fazendo isso e ela me respondeu que é o trágico resultado da guerra entre os homens.
Eu não entendo muito da guerra, mas sei que muitas crianças iguais a mim estão morrendo e outras vendo seus papais e mamães serem levados à força em enormes vagões. Mas de uma coisa eu tenho certeza absoluta: quero que a guerra termine, e quero que todos reencontrem suas famílias, assim como eu quero me reencontrar com o meu grande contador de histórias.
Às vezes quando vou a cozinha ajudar mamãe com o almoço, pego ela chorando e com as mãos tremendo. Ela tenta disfarçar, mas eu sei que ela chora por causa da guerra e de toda a dor que está causando às pessoas. E principalmente, sente a sua falta.
Hoje mamãe me mediu e constatou que eu cresci dois centímetros. Não é incrível? É por isso que as minhas roupas estão curtas. Acho que quando o senhor voltar não vai nem conseguir me carregar nas costas como nós fazíamos em nossa antiga casa.
Com toda a certeza do mundo, sei que retornará bem e já nos imagino correndo por entre as árvores do bosque, brincando de se esconder.
Que os anjos estejam ao seu lado, pois o meu coração já está em suas mãos. Te amo Papai.
Sua querida filha, Bella.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Estamos vivendo o Natal. Época mágica que ilumina nossos corações com a pureza e a doçura do nascimento de nosso Senhor Jesus.
Ruas iluminadas, trocas de presentes, cartões de Natal, faz com que ficamos contagiados por essa magia. Tudo isso renova o nosso ar, faz com que as pessoas fiquem mais generosas, faz com que o perdão seja dado de toda a sua alma, e nem estradas e mares separam o Feliz Natal de uma pessoa querida.
No presépio encontramos o menino Jesus de braços abertos, prontos pra nos receber. José, homem trabalhador, simples e obediente a Deus. Amou Jesus como se fosse ele próprio o pai verdadeiro. Maria, com olhos serenos e doces mostrando ao mundo um pouco de sua humildade.
Não podemos esquecer-nos dos Reis Magos, que viajaram do oriente seguindo apenas uma estrela. Estrela que dizia em seus corações que o Rei de Israel havia de ter nascido. Como presente, levam o que tinham de melhor; a mirra, o incenso e o ouro.
E assim como os Reis Magos fizeram, nós também temos que dar o que temos de melhor. Não estou falando de presentes materiais, mas sim de sentimentos, tudo aquilo de melhor que habita dentro de nossos corações, algo que não pode ser comprado, que não pode ser vendido, mas apenas doado.
Lembre-se sempre: “O melhor presépio em que Jesus pode nascer, é o seu coração”.
Então nesse Natal, vamos dar o que nós temos de melhor sem esperar qualquer recompensa, vamos dar o nosso melhor sorriso, o nosso melhor abraço, os nossos melhores sentimentos por aqueles que nos amam.
Abra seu coração para que Jesus possa nascer nele, viva o Natal verdadeiramente na sua essência, em todos os dias de nossa vida, porque só assim saberemos o verdadeiro gosto da paz na Terra e em nossos corações.
ALEGREMO-NOS, JESUS NASCEU!

FELIZ NATAL

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Cartas de Guerra: o prisioneiro judeu

Auschwitz-Birkenau, 14 de agosto de 1942.
Querida Adelle,
Oh! Sinto tanta a sua falta. A saudade é tanta que nem chega perto do sofrimento que estamos passando aqui em Auschwitz. Milhares de judeus estão sendo mortos aqui, nas câmaras de gás que tem aos montes aqui. Quando não é esse gás invisível e letal que nos mata, é um tiro de uma pistola P38 na nuca que resolve o problema. E também tem os maus tratos que os soldados SS fazem a gente passar, tanto aqui quanto nos campos de trabalho forçado.
A nossa instalação cabe cerca de dois mil homens, que são empilhados aos montes em beliches de três andares para que a cada dia que passe, possa ter mais espeço para mais prisioneiros. O que comemos mal dá pra nossa sobrevivência; basicamente um pedaço de pão preto velho e uma sopa rala que mais parece água suja.
Temos apenas cinco latrinas, o que dificulta a ida ao banheiro, pois a disenteria está atacando e todo dia faz uma nova vítima. Outra coisa que está nos atormentando são os piolhos. Todos os novos prisioneiros quando chegam, vão direto para os chuveiros, nus, e tem a cabeça, as axilas e a virilha raspadas para evitarem um surto maior dessa praga.
Por sorte consegui escondido com um soldado, a base do suborno de dois cigarros que achei em um dos campos de trabalho forçado, esse pedaço de papel e um pedaço de lápis para poder lhe escrever. À noite, me pego pensando no nosso último Hanuká, com a nossa família reunida antes de nosso bairro ser invadido pelos SS.
Hoje sonhei que estava livre, no pós-guerra. Acordei assustado e desatei a chorar. Não gosto de ficar pensando muito no pós-guerra. Alguns dizem que pensar nisso é bom, pois faz com que acreditemos em algo. Mas as minhas esperanças são repelidas pra longe logo que o sol nasce.
Agradeço a Deus todos os dias por você ter se livrado de tudo isso e ter se refugiado a tempo. Às vezes, a minha fé parece que vai se esvaecer quando lanço meus olhos nos dos comandantes do exército e vejo que ali não tem piedade e que a guerra não irá acabar tão cedo assim. Mas Deus me dá força através de meus pensamentos passados juntamente com você e nossa família.
Tento acreditar que tudo isso vai acabar em um piscar de olhos e ter confiança em mim mesmo, pois se eu cair agora será para um destino que muitos estão tendo aqui. Você deve saber qual é.
Apesar de o papel ser paciente, tenho que me adiantar, pois toda essa paciência está se esgotando e lá se estão indo as suas últimas linhas.
Não sei se esta carta chegará até você e muito menos se iremos nos reencontrar novamente. Gostaria de entregar essa carta pessoalmente a você, mas caso ela não seja entregue por mim, você saberá o caminho que o destino me levou.
Te amo com jamais amei alguém. Adeus minha amada.

Benjamin Nussbaum.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Cartas de Guerra: o soldado alemão

Bochum, 27 de maio de 1943.

Katherine Müller,

Oi amor, como estão as coisas ai? Aqui, nada boas.
Estamos sendo atacados de todos os lados, russos, ingleses e americanos estão a nossa cola a todo vapor. Hoje mesmo, tivemos que mudar as pressas de acampamento para podermos montar uma nova estratégia de combate. Berlim já não sabe quantos feridos alemães nós temos, mas digo que são muitos.
Além de nos preocuparmos com os nossos soldados, temos que vigiar nossos campos de concentração. Judeus e mais judeus chegam em vagões de gado. Por ordens do Führer, está proibido a matanssa de judeus que tiverem o "carimbo de qualidade" e especialização. Querendo ou não eles são úteis em nossos campos de trabalho forçado.
A guerra está um caos em várias cidades da Alemanha, Polônia e Ucrânia. Esses aliados de merda pregam que é desumano o que fazemos com esses piolhos judeus. Desumano é o que eles fazem a mãe Alemanha, infestando as ruas, abrindo negócios próprios, tomando o emprego de um alemão de verdade, cultivando a sua cultura, a sua religião, sua comida, entre outras coisas que essa gente trouxe de suas terras.
Espero que essa guerra acabe logo para que possamos nos ver novamente, minha loirinha.
Mas, digo uma coisa: jamais recuaremos diante do inimigo!

Ich liebe dich.


Thomas Müller, soldado SS.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Cartas de Guerra: o soldado aliado

Sábado, 27 de março de 1943

Querida Charlotte,

Oi amor, tudo bem? Espero que sim. Parece que faz uma eternidade que estou longe de você, da nossa casa, da nossa vida. Hoje completa cinco meses que fui mandado para os campos de batalha ao norte da Alemanha. Espero que esses malditos parem de resistir aos nossos reides aéreos, aos nossos ataques surpresas, para o bem de todos.
Alguns dos soldados mais novos estão ficando em choque e querendo desistir de tudo e de todos, mas muitas vezes, o espírito do combatente aguerrido fala mais alto e eles se embrenham na mata virgem para realizar alguma emboscada às ordens de seus superiores.
Ver a guerra através de poucas fotos que conseguem enviar a imprensa e as notícias pelo rádio, geralmente a BBC, não dá a dimensão exata de pisar em solo inimigo regado a sangue de pessoas que você não faz a mínima idéia de quem são. Provavelmente um miserável qualquer ou um pai de família.
Corpos, destroços de residências, pedaços de equipamento militar aos montes em cada esquina que atravessamos, e em cada beco que entramos as pressas para fugir de uma mira precisa de um soldado inimigo.
Estou cansado de tudo isso; a comida, ou melhor, a ração é mísera. Sopa rala com alguns pedaços de batata e pão preto. E de vez em quando comemos umas frutas de uma árvore qualquer em um quintal destruído pelas bombas. É o que comemos basicamente.
À noite quando os tiroteios e os reides cessam, os homens tentam amenizar a tensão que paira no ar escutando rádio e jogando poker. E o mais engraçado é que eles ainda apostam. Dá pra acreditar? Isso é bom pelo simples motivo de que assim eles conseguem preservar a parte humana de seus corações.
Espero que eu não venha a encontrar um tiro, e nem ter a infelicidade de pisar em uma mina escondida na terra calcária e barrenta, pois o meu maior desejo, o que sonho todas as noites, é ver Sophia crescer, ver seus primeiros passos, ouvir as suas primeiras palavras (que eu espero que seja Papai), e também beijar longamente o meu amor a luz do luar, tendo o céu estrelado do verão como plano de fundo.
Charlotte, peça a Deus que essa guerra acabe, para que possamos nos reencontrar novamente e para que soldados e civis, crianças e velhos, mulheres e homens, judeus e cristãos, possam se vir livre pra poder viver a própria vida. Te amo.

Com amor,
Ryan.

Coletânea "Cartas de Guerra - os vários lados de um conflito"

Olá caríssimos leitores, sejam bem vindos ao Mundo de Pedriiinho.

Hoje, darei início a uma série de postagens denominada "Cartas de Guerra - os vários lados de um conflito". Serão quatro postagens que mostram um pouco de como foi o período da 2ª Guerra Mundial. Cada uma dessas cartas tentam retratar os vários lados envolvidos na guerra.
Essas cartas são FICTÍCIASNÃO exprimem a real opinião do autor com relação aos diversos motivos que levaram ao início da 2ª Guerra Mundial. Ok.

Boa leitura!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quando sofremos, onde está o amor?

Existe uma relação verdadeira entre amor e sofrimento? Alguns dizem que amar é a mesma coisa que sofrer, mas no decorrer do nosso dia, percebemos que o sofrimento nos afasta de todo e qualquer sentimento bom, de sentimentos que nos cativam, sentimentos co-existentes no amor.
Quando se fala nesse assunto, no sofrimento, a primeira coisa que nos vem à cabeça é a dor, frustrações, coisas que tiram o prazer da vida, que nos trás pensamentos de ódio, raiva e nos faz perguntar o porquê de tudo isso estar acontecendo justamente consigo e naquele momento da vida. Assim, somos forçados quase que automaticamente a pensar que o sofrimento e o amor não têm ligação alguma. Mas, pensamos assim por que sentimos uma dor, muitas vezes intensa, em nossos corações, que isso nos faz ficar cegos de todo o sentimento bom que ainda resta em nossa alma.



“Não há amor sem sofrimento, sem o sofrimento da renúncia a si mesmo, da transformação e purificação do eu para a verdadeira liberdade. Onde não houver algo pelo qual valha à pena sofrer, também a própria vida perde o seu valor”.

(Papa Bento XVI)



Com essas palavras, podemos concluir que o sofrimento tem uma conotação positiva, um aspecto carregado de amor, pois quando o identificamos somos capazes de amar as pessoas mesmo sabendo que em determinado momento, ela pode nos trazer o desafio de encarar o sofrimento. Isso faz com que nos sintamos realmente humanos.
Mas, esse entendimento dessa reflexão, não é um sofrer passivo, mas ativo, pois não ficamos parados em nosso dia a dia esperando que ele venha e nos pegue no colo e derrame todo o seu pesar sobre nós, mas é o contrário. A partir do momento em que avistamos um objetivo e corremos em direção a ele, movimentados pelo amor, nós nos deixamos purificar através dele. Lembre-se: todos nós sofremos!
Depende de nós encararmos ele de frente, termos coragem, pois isso faz parte de um aprendizado da vida, um degrau que deve ser subido para podermos encontrar a felicidade.
Pergunto a você: Deparando-se com a sua realidade hoje, pelo que vale a pena sofrer? Pelo que vale a pena encarar a dor, na esperançosa certeza de que por causa do amor vale à pena passar por isso?
Na certeza de que o Amor nunca decepciona e que ele é o grande sentido para as nossas vidas e nossas vocações, assumamos as conseqüências de amar, sabendo que, quando o sofrimento chegar, temos a oportunidade de responder de maneira positiva, usando dele (sofrimento) para sermos melhores e ajudarmos os outros a também serem, a encarar a vida com um novo olhar.


sábado, 20 de novembro de 2010

O Senhor é o meu Pastor...




O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes,
restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. 
Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.
Preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos. Derramais o perfume sobre minha cabeça, e transborda minha taça.
A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias.

(Salmo 23)






segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Voltas de uma vida

Bem que nós poderíamos decidir o nosso futuro em um simples piscar de olhos. Mas, quem disse que nós não podemos! Parece um sonho, mas não é. Parece real, mas também não é. E o que é então? Não sei te dizer, apenas, é como é. É como gostaríamos de fazer as coisas se tivéssemos o controle de nossa vida.
Pensando melhor, que graça teria se soubéssemos o que aconteceria no nosso futuro, se soubéssemos descrever cada passo de uma vida que ainda não aconteceu. Se pudéssemos respirar o ar que ainda não acariciou os nossos rostos e não fez balançar os galhos das mais altas árvores. Se pudéssemos sentir sentimentos que nunca sentimos e contar as horas de um relógio que ainda não deu muitas voltas. Se pudéssemos ver as pegadas da areia se desfazer sem ao menos terem sido feitas. Se pudéssemos, e etc.
Mas, temos um mecanismo muito eficaz e que pode nos levar a qualquer lugar do mundo, da galáxia, do universo. Um mecanismo que ultrapassa as fronteiras, que nos fazer tocar o céu e ao mesmo tempo a terra. Que não vê cor, raça, religião, sexo, etnia, enfim, não há descrição. A mais alta tecnologia já inventada, mas, não é feita de supercomputadores e tecnologia ultra-avançada. Do que se trata será? Simples, o pensamento, a imaginação.

Tal cara (que depois vocês irão saber, ou não) fez uma prova, difícil, mas tinha um sonho: se formar na faculdade como engenheiro ambiental.
Ele odiava números, mas gostava dessa coisa de natureza. Passou! Pulou de alegria ao saber que o seu sonho seria, com muito esforço, realizado.
Foi lá, se matriculou.
Quatro anos depois... Formou-se, mas não parou por ai e continuou a estudar seguindo essa mesma área de sua formação. Arrumou um emprego.
Foi engajado em várias causas ambientais e começou a ganhar um destaque no cenário “politicamente correto” do meio ambiente, devido as suas idéias e pensamentos que no futuro, quem sabe, poderia salvar o planeta Terra.
Começou a ter seus textos publicados nas mais conceituadas revistas especializadas em ciência e tecnologia no Brasil e principalmente fora dele.
Na adolescência tinha um sonho, viajar o mundo inteiro, ser um “desbravador” do velho e do novo continente. E lá foi ele rumo a Lisboa. (Parte de um próximo capítulo, por isso não me alongarei nessa parte).
Um ano de vigem pela Europa. Trouxe na bagagem mais que suvenires dos países que visitou como Portugal, França, Espanha, Alemanha, Itália, Israel, Suécia, Finlândia, Inglaterra, entre outros, mas trouxe alem de tudo, muito conhecimento. Um bem precioso que muitos desprezam, mas que são de uma importância formidável.  
Em casa, no Brasil, recebeu um convite inimaginável e digamos surpreendente. Foi convidado pra trabalhar em um projeto com pessoas de altíssimo escalão nos Estados Unidos. Não pensou duas vezes, e novamente partiu com a sua mochila e suas esperanças de um mundo melhor em seu coração.
De um mero convidado estrangeiro, passou a ser coordenador desse projeto. Passou a lidar com uma responsabilidade que jamais tivera imaginado. Teve momentos difíceis, momentos que pensou em jogar tudo pro ar. Agüentou.
Dez anos depois de dar o pontapé inicial na carreira fora do Brasil, começou a ser sondado por diversas universidades do mundo e empresas. Com a colaboração de todos da sua equipe, mostrou ao mundo do que se tratava esse projeto. Perante os representantes de diversos países, fez um discurso na ONU em Nova York que rendeu muitos aplausos, lágrimas, em um prêmio Nobel do Paz.
Casou-se. Teve dois filhos, Sofia e Pietro. E continuou morando em sua residência em Nova York, até que enfim se mudou novamente pro Brasil.
Um dia, sentou em frente a uma foto de quando era apenas um garoto de 19 anos em Curitiba. Fechou os olhos por um momento, e quando voltou a abri-los percebeu que voltara a sua cidade natal e que era apenas um garoto de 19 anos em Curitiba, mas não um garoto qualquer, um sonhador, ou melhor, um realizador.



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sim, uma mulher pode!

Mesmo tendo uma submissão imposta pela grande maioria, seja ela através da “tradição” ou da pura incompreensão e banalidade, a mulher sempre foi chave, sempre teve um papel importante na história e no rumo do mundo.
Revoluções, lutas e quebra de preconceito; séculos e mais séculos se passaram e enfim o dito “sexo frágil” mostrou ao mundo que de frágil, elas não tem nada.
Agora vivemos uma nova era no Brasil. Enfim, uma mulher será presidente dessa nação grandiosa. Não estou aqui dizendo que sou a favor ou contra partido político X ou Y, ou que sou de partido A ou B. Apenas demonstro o que as pessoas disseram, democraticamente, nas urnas do dia 31 de outubro de 2010. Uma mulher no governo.
Muito tempo depois, o Brasil entra em uma era em que as coisas são iguais para todos. Já vimos isso aqui mesmo na América Latina com governantes do sexo feminino, no Chile e atualmente com os nossos vizinhos “hermanos” e “hermanas”. Sim, uma mulher pode. Coração de aço e de flor.
Sem hipocrisia, senhora Dilma Roussef, desejo-lhe todo sorte do mundo, pra que você possa realmente continuar a fazer o Brasil crescer, dando melhores condições a toda a população brasileira, a todos aqueles que votaram ou não ao seu favor.





Cem homens podem formar um acampamento, mas é preciso uma mulher para se fazer um lar. (Provérbio chinês)



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A videira e os ramos

Olá, sejam bem vindos ao Mundo de Pedriiinho. Hoje postarei uma meditação da Palavra que fiz. Abra seu coração.

Evangelho de São João 15, 1 - 11

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não der fruto em mim, ele o cortará; e podará todo o que der fruto, para que produza mais fruto. Vós já estais puros pela palavra que vos tenho anunciado. Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós: não podeis tampouco dar fruto, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim será lançado fora, como o ramo. Ele secará e hão de ajuntá-lo e lançá-lo ao fogo, e queimar-se-á. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, para que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos. Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor, como também eu guardei os mandamentos de meu Pai e persisto no seu amor. Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor


Jesus é a verdadeira videira, e nós somos os ramos. Assim como o agricultor, Deus cuida de nós, remexendo a terra do nosso coração, a terra que o Pai está trabalhando.
O agricultor não pode apenas plantar a semente, mas tem que mexer diariamente a terra para a semente, a nosso coração, vingar. E todo ramo que não dá fruto, Ele poda.
Hoje, você pode estar sofrendo as podas de Deus, e fica se perguntando o porquê. A poda é uma limpeza e ela dói. Mas nós nem sempre entendemos o que Deus faz em nossas vidas.
A poda realizada por Ele pode ser na perda de um namoro, a perda de alguém, etc. Mas, como então permanecer em Jesus? Ter a palavra de Deus no coração, estarmos enamorados por Ele. Jesus disse: “Permaneça em mim, que eu permanecerei em vós.”
Não é um peso permanecer nele. O mundo vai querer muitas vezes fazer o contrário, fazer com que o abandonemos que sigamos um caminho errado, mas em meio a tudo isso, permaneça em Jesus como um casal de namorados que não tira os olhos um do outro, pois sem Ele não somos nada, perdemos o sentido da vida.
Não se separe de Deus, da videira, pois Ele insiste que vós permaneçais nele. Mesmo com as reviradas da vida, muitas vezes isso é um meio de Deus entrar em nossa vida.
Ele não é sádico com o nosso sofrimento, mas pelo contrário, Ele sempre se volta pra nós em nosso sofrimento, pois como eu disse no começo, Deus cuida da nossa vida, Deus é o agricultor.
Mesmo que você pense que seu coração não produza mais frutos bons, quando você menos esperar, seu coração dará um fruto de ótima qualidade. Assim como um pai que não dá dinheiro ao amor que sente pelo seu filho, Deus também nos ama infinitamente. Cristo compara o amor que sente por Deus com o amor que sente por nós.
Preparemos a nossa terra, mesmo ela estando toda revirada pelo sofrimento da vida, abra seu coração e entregue pra que Deus plante uma semente em nós, em semente de amor, uma semente de vida nova.
Então, peço-te meu Senhor, que plante essa semente de vida nova no coração de todos vocês, e que vós permaneceis junto ao Pai, ao Filho, e ao Espírito Santo.
Mesmo que seu coração esteja no pecado, abra seu coração pra Jesus, que eu tenho certeza que você produzirá bons frutos.
Que Deus vos abençoe.

Amem


domingo, 17 de outubro de 2010

Levanta-te

Como é que você reage às quedas que sofre na vida? Como é que você administra os fracassos? Não há receitas mágicas que nos façam vencer os obstáculos. Mas, ouso dizer que há um jeito interessante de olhar para as quedas que sofremos. É só não permitir que elas sejam definitivas, é só não perder de vista a primavera que o outono prepara. Administre bem os problemas que você tem, não permita que o contrário aconteça. Se você não administra-los, eles administrarão você. Deus lhe quer vencedor, a vitória já está preparada feito presente que já esta embrulhado e precisa ser aberto. Não perca tempo, já começou a vencer aquele que se levantou para recomeçar o caminho.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Quando eu era criança!

Olá! Sejam bem vindos ao Mundo de Pedriiinho.
Pais e crianças abarrotam lojas de brinquedos atras de video-games, jogos eletrônicos, brinquedos que a cada ano que passa, ficam mais parecidos com pessoas de verdade. Crianças, que por diversos motivos, preferem brincar em frente ao computador, do que com um amiguinho real.
Em meio a tanta tecnologia, ainda conseguimos ver algumas crianças que, apesar dessa era tecnológica, continuam sendo "crianças".
Que tal você e eu voltarmos um pouco no passado e mergulharmos em um mundo que a cada dia que passa, parece se perder entre jogos de Playstation 2, e uma infância que acaba sem ao menos ter começado direito. Vou mostrar brinquedos da minha época de criança, apesar de eu ter apenas 19 anos, hehehe!

A MIINHA INFÂNCIA, ANOS 90!

Se você é dessa mesma geração, seja bem vindo. Caso você seja mais novo ou mais velho, também seja bem vindo.
Quando eu era criança, comprava salgadinho, geralmente da Elma Chips, e Kinder Ovo apenas para ser presentiado com o Tazo dos mais diversos personagens. Digamos que cada ano tinha uma tendência maior a um personagem, desenho do que outro, e aqueles brinquedinhos que vinha dentro do ovinho de chocolate, que na minha época não custavam mais do que 1 real cada ovinho.


Tazos com os personagens Looney Tunes



Soldadinhos do Kinder Ovo
Além de fazer coleções de Tazos, quem ai nunca vez coleção de figurinhas. Eu já fiz muita coleção de figurinhas. Comprava chicletes e balas apenas para conseguir completar o meu álbum. É verdade. Além do mais, nós ganhavamos o álbum gratuitamente quando começavamos a colecionar.


Álbum de figurinhas Dragon Ball GT



Os temas das figurinhas eram diversas, como Pokemon, Yu-Gi-Oh, Dragon Ball Z, etc.
O que mais nós colecionavamos nessa época? Geloucos.

Hã? Caso você nunca tenha ouvido falar nisso, era um brinquedinho que, alguns deles, brilhavam no escuro e tinham formatos "esquisitos", mas eram uma febre nessa época. Você trocava tampinhas de Coca-Cola, se eu não estou enganado, eram 10 tampinhas, por um kit com alguns desses Geloucos. Era o máximo isso.


Geloucos
 Brincavamos também com aqueles famosos Iô-iôs da Coca-Cola, Fanta, Guaraná Taí, hehehehehe! Toda criança tinha um desse. Mesmo se você não sobesse brincar com ele, tu tinha que ter um.





São tantos brinquedos, que nem consigo descrever todos. Acho que é a idade, hehehehehe!
Pirocopteros, miniaturas de dinossauros, skate de dedo, a bonequinha Fofolete.

Fofolete, febre entre as meninas!

 

Pirocóptero



Os grandes pequenos Dinossauros



Manobras radicais com esse skatinho de dedo. Também tinha o patinete, o patins e a bicicleta de dedo.
Soltar pipa (também chamada de raia, papagaio, etc). Correr atras de uma delas quando avisa um briga nos céus, um disputando quem iria cortar a raia do outro. E que tal se aventurar descendo uma rua com um carrinho de rolimã. Era uma adrenalina. Ou que tal enfeitar a cama, o quarto com os tão famosos bichinhos de pelúcia de Parmalat. Febre nacional! Também brincavamos de jogar bolinha de gude, qualquer plano de terra batida servia pra poder jogar. Confesso que eu não era muito bom nisso.
E que tal cuidar de um animalzinho, só que virtual? Trata-lo como se fosse de verdade. Dar comida, levar para passear, recolher a sujeira do bichinho, dar vacina, colocar pra dormir, era tanta coisa. Atenção 24 horas por dia e 7 dias por semana.


Pipa



Carrinho de rolimã



Bichinhos de pelúcia Parmalat


Bolinha de gude





Bichinho virtual

Antes dessa revolução do realismo de jogos virtuais, o sonho de todo garoto e garota era ter um Super Nintendo. Muitos passavam horas jogando Super Mario, Sonic, Mortal Kombat, Street Fighter, entre outros. São muitas emoções!

Super Nintendo


Além de brinquedos, tinhamos também as brincadeiras, por exemplo: mãe se esconde, mãe e cola, mãe e cola americana, pular corda, pular elástico, mãe trepa, passa anel, elefante colorido, entre outros. Nossa! Era muito divertido.



E ai, como foi a sua infância? Quando foi? Que brinquedos tinha?
Deixe seu comentário descrevendo a SUA infância.




PS: Desculpe por não ter descrito muito os brinquedos e as brincadeiras, essa postagem eu fiz meio no "improviso". Mas, acho que deu pra matar um pouco a saudade do tempo em que eramos criança, eu será que deu vontade de ser criança novamente, hein?



FELIZ DIA DAS CRIANÇAS A TODOS NÓS, AOS QUE SÃO E AOS QUE JÁ FORAM CRIANÇAS UM DIA!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Eu te pedôo... Meu filho!


Era uma terça-feira de 13 de julho de 2010. O dia estava ensolarado, não se via nehuma nuvem no céu, e aquele azul lindíssimo imperava juntamente com ar do entardecer. 
Fiquei esperando a minha vez com certa ansiedade. Ali na ante sala tinha uma imagem da Virgem Maria. Ela tinha olhos tão serenos e profundos que senti verdadeiramente em meu coração que ela estava falando comigo, assim como uma mãe conversa carinhosamente com seu filho. Uma conversa silenciosa para os ouvidos, mas ruidosamente alta para o coração.
Após alguns minutos entrei na sala onde acontecem as confissões. Fiquei um pouco nervoso quando eu adentrei a sala e fechei a porta, mas foi um nervosismo passageiro.
Fiz o sinal da cruz. À primeira coisa que o padre me perguntou foi quando eu tinha me confessado pela última vez. Respondi com um tom meio envergonhado, um tom de quem está pedindo desculpas pela falta que cometeu contra a minha própria pessoa, a Igreja, a Deus. Minha última confissão tinha sido em 2002, antes da minha primeira Comunhão, na Paróquia Santa Edwiges.
O padre, cujo nome eu não lembro, era sereno, calmo, com cabelos brancos e os sinais da idade bem expressos em seu rosto. Ele me explicou a importância de se confessar, pelo menos uma vez por ano, como manda a Santa Igreja.
Depois de um breve silêncio, comecei a falar.
Disse coisas que estavam machucando o meu coração, coisas erradas que fiz contra as pessoas que mais amo. Mas uma delas foi em especial.
Abri inteiramente o meu coração, pedindo perdão pelas coisas que fiz, mas principalmente pelas palavras que disse. É como se diz o ditado: “As palavras doem mais que um tapa”. Deixei que as palavras que estavam engasgadas em minha garganta há certo tempo, viessem à tona. Foi libertador.
Percebi então, que no decorrer de minhas palavras e de meus pensamentos, as lágrimas começaram a escorrer lentamente em meu rosto, parando cuidadosamente em meus lábios. Fiz uma pequena pausa pra poder recuperar-me, senão, iria chorar como se nunca havia o feito na vida. Muitas vezes as lágrimas são as melhores palavras que o nosso coração consegue falar.
Após enxugá-las, continuei a conversa com o padre. Terminei. Recebi então o perdão dado pelo nosso Senhor, e isso foi como se tivesse tirado o peso mundo inteiro das minhas costas. Oh! Doce sensação.
Sai daquela salinha e fui de frente ao altar. Ajoelhei-me, fechei os olhos, e rezei. Agradeci a Deus por em Cristo ter perdoado os meus pecados, e novamente as lágrimas vieram de encontro aos meus olhos. Mas eram lágrimas boas, não eram ácidas como as antigas, mas sim, lágrimas doces.





“O perdão é um poder incrível, um poder que você compartilha conosco, um poder que Jesus dá a todos em que ele reside, para a reconciliação possa crescer. O perdão existe em primeiro lugar para aquele que perdoa, para libertá-lo de algo que vai destruí-lo, que vai acabar com sua alegria e capacidade de amar integral e abertamente”.
(Trecho do livro A Cabana)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A ilha dos sentimentos

Era uma vez, uma ilha onde moravam todos os sentimentos, a alegria, a tristeza, a vaidade, a riqueza, a sabedoria, o amor entre outros.
Um dia avisaram para os moradores da ilha que ela ia ser inundada.
Apavorado, o amor avisou para que todos os sentimentos se salvassem.
Ele disse: - Fujam todos, a ilha vai ser inundada!
Todos correram e pegaram seus barquinhos para irem a um morro bem alto, mas só o amor não se apressou, ele queria ficar um pouco mais na ilha.
Quando já estava quase se afogando correu para pedir ajuda. Vinha vindo a riqueza e ele disse:
- Riqueza, me leva com você?
- Não posso amor, meu barco está cheio de prata e ouro, não tem mais espaço.
Passou então a vaidade.
- Vaidade, me leva com você?
- Não posso você vai sujar o meu barco novo!
Quando passou a tristeza ele disse:
- Tristeza, posso ir com você?
- Ah! Amor, eu estou tão triste que prefiro ir sozinho.
Passou então a alegria, que estava tão alegre que não ouviu o amor.
Já desesperado e achando que iria ficar só, o amor começou a chorar. De repente passou um barco com um velhinho e ele falou:
- Sobe amor, eu levo você.
O amor ficou tão feliz que até esqueceu-se de perguntar o nome do velhinho. Chegando ao morro alto, ele perguntou para a sabedoria, que estava ao seu lado:
- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe até aqui?
- Ora amor, foi o tempo!
- O tempo? Mas porque só o tempo me trouxe até aqui?
- Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor.



FIM


domingo, 26 de setembro de 2010

A sombra da dor


Os conflitos étnicos, guerras sem motivo algum, uma luta sangrenta pelo doce sabor do poder. Lutas intermináveis que vem se tornando umas das crises mais sérias do mundo. Guerras e mais guerras. Afeganistão, Iraque, Haiti, Israel, Palestina, Sudão entre outras nações sofrem com as conseqüências desse ambiente caótico. A fome, a anarquia, doenças e a opressão têm forçado milhões de homens, mulheres e crianças a fugirem, abandonando seus pertences, suas casas, seu país, sua vida e muitas vezes a abandonarem um bem muito precioso: a esperança.
A convivência com a angústia de não saber quando e onde o próximo míssil vai cair. A quem a próxima bala de um AK-47 vai encontrar num olhar triste e aterrorizado e muitas vezes tiram uma vida inocente.
Mulheres são estupradas, violentadas sem ao menos ter a chance de se defender. Além da guerra, um dos seus inimigos é o silêncio em meio a tanto zumbido das mais diversas artilharias. Umas das condições dessas mulheres é a de não poder se impor perante essa situação, de não poder ajudar o filho que agoniza em um leito de hospital, o sentimento de uma mãe que se sente impotente perante ao resultado de um ódio aniquilador que mata milhões e milhões sem trégua.
Homens que são forçados a se alistar nas forças armadas. Pais e filhos que são enviados a campos de batalha sem a mínima esperança de vitória. Combatentes que não fazem a mínima idéia da causa de tudo isso, que nem sequer conhecem os rostos daqueles que tem o poder de obrigá-los a fazer essas barbáries. Lutam lutas que não são suas.
Crianças que são aliciadas pelo tráfico, pela guerra, que são forçadas a trabalhar em condições subumanas para poder ganhar um prato de arroz velho, de uma comida que é disputada pelos insetos, pelas moscas, mas que nessas condições acabam se tornando um banquete. Que faz pensar em algo simples, quando será a próxima refeição.
Refugiados que abarrotam hospitais sem condições de se manter, fazem das ruas o seu lar, o seu trabalho. Fazem de um pedaço de madeira e uma lona o seu palácio, do chão batido a sua mesa, de um pedaço de papelão a sua cama e de um trapo qualquer o seu cobertor.
Enquanto isso, governos brigam pra ser uma potência bélica com suas armas ultramodernas, bombas nucleares e gastos que poderiam alimentar milhares de refugiados e pessoas que permanecem em seu lar por meses. Países como os Estados Unidos gastam cerca de 400 bilhões de dólares em equipamento militar. Armas que matam cerca de 500 milhões de pessoas em todo mundo, das favelas cariocas as guerras civis no continente africano.
Um território que mais parece o inferno, cheio de mentiras, desprezo, maldade, homens com sangue alheio em suas mãos sem esboçar o mínimo arrependimento por ter tirado a vida de um pai, de um marido, de uma esposa, de um filho.
Mas, em meio a esse inferno podemos vislumbrar um pedacinho de céu que impera e reluta em permanecer em um sorriso inocente, cativante e desajeitado de uma criança.
Um sorriso esperançoso que nos faz crer que dias melhores virão e que a paz finalmente irá reinar soberana entre os povos.


"Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus." (Albert Einstein) 

"O homem tem que estabelecer um final para a guerra, senão, a guerra estabelecerá um final para a humanidade." (John F. Kennedy)