segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sobre eu e você

Seus olhos brilham mais que as estrelas do céu.
Os seus lábios tem o doce sabor do mais puro mel.
Você foi o meu passado, agora é presente.
Mas espero estar contigo no futuro novamente.

Sua beleza irradiante me fascina.
Sua meiguice, alegre encanto de menina.
Seu sorriso faz o Sol nascer mais cedo.
Ficar sem você me faz sentir medo.

Meu sangue pulsa veloz com o seu amor.
Meu corpo estremece com o seu calor.
A luz vem trazendo logo a alvorada.
Assim como um todo acorda, a fauna e a flora.

Quero ficar com você para sempre.
Agradeço a Deus pelo meu belo presente.
Amo-te com todo o meu coração.
Que explode em mim como a mais rara paixão.

Por enquanto permaneço calado.
Mas logo direi que estou apaixonado.
Penso, logo existo.
Do nosso amor jamais desisto.

Posso me machucar, o ar pode faltar.
Mas serei uma rocha enfrentando o mar.
Tenho consciência disso, uso a razão.
Mas principalmente ouso a voz do meu coração.



Autor: Pedro Cesar Zanon

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Real em Mim



Mesmo que eu quisesse negar
Ainda que tentasse esconder
O seu amor, Senhor
Se fez real em mim
Não quero e nem posso isso mudar
Nao esqueço o que fez por mim
Entregando sua vida em meu lugar
Nunca ninguem, Senhor
Me amou de modo assim
Eu descobri ao seu lado é meu lugar

É por isso que não calo a minha voz
É por isso que eu canto essa canção
E te faço aqui juras de amor

É por isso que não calo a minha voz
É por isso que eu canto essa canção
E te faço aqui juras de amor

Pois, bem antes conquistou meu coração


Real em Mim - Rosa de Saron

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Conto "E eu... de você"


Estávamos ali deitados na grama, debaixo de uma árvore que fazia uma sombra agradabilíssima. Ela estava deitada com as costas na grama, e eu ao seu lado, de “barriga para baixo”.
Olhei profundamente para os seus olhos serenos, e ela me devolveu o mesmo olhar. Ficamos ali parados sem proferir palavra um ao outro. O silêncio foi interrompido pelo som das nossas batidas cardíacas e da nossa respiração, cada vez mais acelerada. Seu semblante era calmo. Um rosto lindo que mais parecia ser uma bela pintura.
-Você é tão... Linda... Serena... E...! – Exclamei meio grogue e meio entorpecido pela sua beleza. Foi só o que consegui dizer. Mais nada.
Aproximei meu rosto sobre o seu, lentamente, e olhando diretamente para seus olhos. Vi uma expressão surgir, algo alegre e espontânea e ao mesmo tempo, nervosa. Nossos lábios estavam a uns dois centímetros de distância quando parei a aproximação. Ficamos assim, ouvindo a respiração um do outro. Olhei seus lábios, olhos, lábios, olhos e então nos beijamos.
Não foi um desses beijos de cinema, mas foi um desses “primeiros beijos” românticos, calmo, sentindo e apreciando o momento. Um sentimento e uma química infinita pairaram no ar.
Paramos. Recebi um sorriso meigo e sincero, senti-me como se o tempo tivesse parado por alguns segundos. Nada daquilo era sonho, era real. O silencio tomou conta novamente, exceto pelos cantos afinados dos pássaros. Beijei-a novamente. Ardente e romântico.
Afastamos e nos pusemos sentados na grama, frente a frente, e a única coisa que consegui dizer naquele momento foi: - “Acho que gosto de você de verdade, de todo o meu coração”. Recebi como resposta o seguinte: -“E eu... de você, de todo o meu coração”. Dois sorrisos apareceram e o cântico alegre de nossos corações também.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O homem invisível


Em meio a todo esse barulho sua voz se cala. Em meio a toda balburdia da agitação das pessoas, é apenas um ponto imóvel. Será um sonho ou realidade? Será isso um passado que não se lembra, ou um futuro que ainda não viveu? Algo material ou apenas pensamentos de certo alguém que não conhece?
As horas e os minutos são meros detalhes de um momento onde o tempo é irreconhecível. As datas riscadas no calendário são meros enfeites de momentos que não sabe quando vivenciou.
Ele sente medo, medo...
Sobe à extensa e larga avenida. Não sabe onde está. O cinza do asfalto contrasta com o belo verde das árvores que cobrem a rua. O azul do céu é apenas um detalhe, um risco que traspassa por dentre os galhos mais altos das árvores.
As pessoas passam. Ele passa. Ninguém o nota. Carros, pessoas, ônibus, arranha céus, casas. Tudo roda a sua volta. Novamente ninguém o nota. Será invisível perante todos?
Fecha os olhos e se concentra, tenta buscar no mais profundo de suas lembranças algo que o possa fazer voltar, quem sabe o fazer acordar desse, talvez, pesadelo. Remotamente, flashes passam diante de seus olhos em pouquíssimo tempo. O suficiente.
Biiiii...
Desperta. Um sonho que parecia em lapso da realidade de muitos. Olha ao seu redor e se sente feliz ao saber onde está. Se sente feliz ao reconhecer algumas pessoas, em reconhecer à larga e extensa avenida curitibana. Ufa!
Quem já não se sentiu como ele, invisível perante os olhos do mundo, um mundo que a cada dia tem mais pressa, tornando as horas do relógio insuficientes, as pessoas tornando-se cada vez mais invisíveis.
A única certeza que ele tem, é que não é invisível aos olhos de uma Pessoa.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um mundo surge do nada...



Consta que o mundo tem muitos anos. Porem raramente ele dura mais de um século. Somos nós que envelhecemos.
Enquanto vierem pessoas ao mundo, ele terá o mesmo viço e frescor do sétimo dia, no qual Deus descansou.
Neste momento, somos testemunhas de uma criação. Ela desponta diante de nossos olhos, em plena luz do dia: um mundo surge do nada...
E ainda assim existem pessoas que ficam entediadas!



Trecho do livro “O Pássaro Raro” de Jostein Gaarder.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Quem é você?


Muitas vezes nos perguntam, principalmente em uma entrevista de emprego, a seguinte pergunta: “Quem é você?” Não só em uma entrevista de emprego, mas também nas redes sociais, tipo Orkut, Facebook, Twitter, etc.
Mas, o que somos verdadeiramente? Como você se define? Perguntas difíceis essas. É muito mais fácil falar e descrever uma pessoa alheia do que a nós mesmos. Dizem simpático, romântico, organizado, impaciente, enfim, vários quesitos que podem se encaixar na resposta de quem somos.
Mas, ser tudo isso não mostra a nossa verdadeira essência, algo que é difícil de encontrar e perceber. Somos assim, e logo depois somos totalmente diferentes. Não sei se está fazendo muito sentido o que eu estou falando, mas...
A questão é que sempre mostramos aos outros quem nós somos, mas não é o real, apenas uma máscara que encobre a nossa imperfeição. As páginas das revistas estão cheias dessas máscaras.
Somos o que somos. O modelo de homem (e da mulher) de ontem não pode servir para o homem de hoje. E o de hoje não pode servir para o amanhã. Vivemos constantemente em um processo de evolução. A cada dia que passa, nosso corpo muda, mas principalmente nossos conceitos mudam, nosso humor muda, tudo muda. Não é só você, todos que estão a sua volta mudam.
Devemos achar a nossa real essência. A existência precede e governa a essência. Durante a nossa existência, à medida que experimentamos novas vivências redefinimos nosso pensamento, adquirimos novos conhecimentos a respeito da nossa essência, caracterizando-a sucessivamente.