segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Voltas de uma vida

Bem que nós poderíamos decidir o nosso futuro em um simples piscar de olhos. Mas, quem disse que nós não podemos! Parece um sonho, mas não é. Parece real, mas também não é. E o que é então? Não sei te dizer, apenas, é como é. É como gostaríamos de fazer as coisas se tivéssemos o controle de nossa vida.
Pensando melhor, que graça teria se soubéssemos o que aconteceria no nosso futuro, se soubéssemos descrever cada passo de uma vida que ainda não aconteceu. Se pudéssemos respirar o ar que ainda não acariciou os nossos rostos e não fez balançar os galhos das mais altas árvores. Se pudéssemos sentir sentimentos que nunca sentimos e contar as horas de um relógio que ainda não deu muitas voltas. Se pudéssemos ver as pegadas da areia se desfazer sem ao menos terem sido feitas. Se pudéssemos, e etc.
Mas, temos um mecanismo muito eficaz e que pode nos levar a qualquer lugar do mundo, da galáxia, do universo. Um mecanismo que ultrapassa as fronteiras, que nos fazer tocar o céu e ao mesmo tempo a terra. Que não vê cor, raça, religião, sexo, etnia, enfim, não há descrição. A mais alta tecnologia já inventada, mas, não é feita de supercomputadores e tecnologia ultra-avançada. Do que se trata será? Simples, o pensamento, a imaginação.

Tal cara (que depois vocês irão saber, ou não) fez uma prova, difícil, mas tinha um sonho: se formar na faculdade como engenheiro ambiental.
Ele odiava números, mas gostava dessa coisa de natureza. Passou! Pulou de alegria ao saber que o seu sonho seria, com muito esforço, realizado.
Foi lá, se matriculou.
Quatro anos depois... Formou-se, mas não parou por ai e continuou a estudar seguindo essa mesma área de sua formação. Arrumou um emprego.
Foi engajado em várias causas ambientais e começou a ganhar um destaque no cenário “politicamente correto” do meio ambiente, devido as suas idéias e pensamentos que no futuro, quem sabe, poderia salvar o planeta Terra.
Começou a ter seus textos publicados nas mais conceituadas revistas especializadas em ciência e tecnologia no Brasil e principalmente fora dele.
Na adolescência tinha um sonho, viajar o mundo inteiro, ser um “desbravador” do velho e do novo continente. E lá foi ele rumo a Lisboa. (Parte de um próximo capítulo, por isso não me alongarei nessa parte).
Um ano de vigem pela Europa. Trouxe na bagagem mais que suvenires dos países que visitou como Portugal, França, Espanha, Alemanha, Itália, Israel, Suécia, Finlândia, Inglaterra, entre outros, mas trouxe alem de tudo, muito conhecimento. Um bem precioso que muitos desprezam, mas que são de uma importância formidável.  
Em casa, no Brasil, recebeu um convite inimaginável e digamos surpreendente. Foi convidado pra trabalhar em um projeto com pessoas de altíssimo escalão nos Estados Unidos. Não pensou duas vezes, e novamente partiu com a sua mochila e suas esperanças de um mundo melhor em seu coração.
De um mero convidado estrangeiro, passou a ser coordenador desse projeto. Passou a lidar com uma responsabilidade que jamais tivera imaginado. Teve momentos difíceis, momentos que pensou em jogar tudo pro ar. Agüentou.
Dez anos depois de dar o pontapé inicial na carreira fora do Brasil, começou a ser sondado por diversas universidades do mundo e empresas. Com a colaboração de todos da sua equipe, mostrou ao mundo do que se tratava esse projeto. Perante os representantes de diversos países, fez um discurso na ONU em Nova York que rendeu muitos aplausos, lágrimas, em um prêmio Nobel do Paz.
Casou-se. Teve dois filhos, Sofia e Pietro. E continuou morando em sua residência em Nova York, até que enfim se mudou novamente pro Brasil.
Um dia, sentou em frente a uma foto de quando era apenas um garoto de 19 anos em Curitiba. Fechou os olhos por um momento, e quando voltou a abri-los percebeu que voltara a sua cidade natal e que era apenas um garoto de 19 anos em Curitiba, mas não um garoto qualquer, um sonhador, ou melhor, um realizador.



3 comentários: