domingo, 26 de setembro de 2010

A sombra da dor


Os conflitos étnicos, guerras sem motivo algum, uma luta sangrenta pelo doce sabor do poder. Lutas intermináveis que vem se tornando umas das crises mais sérias do mundo. Guerras e mais guerras. Afeganistão, Iraque, Haiti, Israel, Palestina, Sudão entre outras nações sofrem com as conseqüências desse ambiente caótico. A fome, a anarquia, doenças e a opressão têm forçado milhões de homens, mulheres e crianças a fugirem, abandonando seus pertences, suas casas, seu país, sua vida e muitas vezes a abandonarem um bem muito precioso: a esperança.
A convivência com a angústia de não saber quando e onde o próximo míssil vai cair. A quem a próxima bala de um AK-47 vai encontrar num olhar triste e aterrorizado e muitas vezes tiram uma vida inocente.
Mulheres são estupradas, violentadas sem ao menos ter a chance de se defender. Além da guerra, um dos seus inimigos é o silêncio em meio a tanto zumbido das mais diversas artilharias. Umas das condições dessas mulheres é a de não poder se impor perante essa situação, de não poder ajudar o filho que agoniza em um leito de hospital, o sentimento de uma mãe que se sente impotente perante ao resultado de um ódio aniquilador que mata milhões e milhões sem trégua.
Homens que são forçados a se alistar nas forças armadas. Pais e filhos que são enviados a campos de batalha sem a mínima esperança de vitória. Combatentes que não fazem a mínima idéia da causa de tudo isso, que nem sequer conhecem os rostos daqueles que tem o poder de obrigá-los a fazer essas barbáries. Lutam lutas que não são suas.
Crianças que são aliciadas pelo tráfico, pela guerra, que são forçadas a trabalhar em condições subumanas para poder ganhar um prato de arroz velho, de uma comida que é disputada pelos insetos, pelas moscas, mas que nessas condições acabam se tornando um banquete. Que faz pensar em algo simples, quando será a próxima refeição.
Refugiados que abarrotam hospitais sem condições de se manter, fazem das ruas o seu lar, o seu trabalho. Fazem de um pedaço de madeira e uma lona o seu palácio, do chão batido a sua mesa, de um pedaço de papelão a sua cama e de um trapo qualquer o seu cobertor.
Enquanto isso, governos brigam pra ser uma potência bélica com suas armas ultramodernas, bombas nucleares e gastos que poderiam alimentar milhares de refugiados e pessoas que permanecem em seu lar por meses. Países como os Estados Unidos gastam cerca de 400 bilhões de dólares em equipamento militar. Armas que matam cerca de 500 milhões de pessoas em todo mundo, das favelas cariocas as guerras civis no continente africano.
Um território que mais parece o inferno, cheio de mentiras, desprezo, maldade, homens com sangue alheio em suas mãos sem esboçar o mínimo arrependimento por ter tirado a vida de um pai, de um marido, de uma esposa, de um filho.
Mas, em meio a esse inferno podemos vislumbrar um pedacinho de céu que impera e reluta em permanecer em um sorriso inocente, cativante e desajeitado de uma criança.
Um sorriso esperançoso que nos faz crer que dias melhores virão e que a paz finalmente irá reinar soberana entre os povos.


"Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus." (Albert Einstein) 

"O homem tem que estabelecer um final para a guerra, senão, a guerra estabelecerá um final para a humanidade." (John F. Kennedy) 

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